CREA PE: Nomeações polêmicas indicam Presidente priorizando não-engenheiros
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (CREA/PE) tem sido palco de uma polêmica desde que o atual presidente licenciado, Adriano Lucena, assumiu o cargo. O que ele chama de “Crea para Todos” está gerando controvérsias, especialmente entre os profissionais da Engenharia, que alegam que cargos técnicos estão sendo preenchidos por pessoas sem formação na área, mas com ligações pessoais com o presidente.
Cargos Técnicos Questionáveis
Adriano Lucena, um engenheiro civil por formação, tem nomeado indivíduos sem qualificação técnica para posições-chave no CREA/PE, como chefia de gabinete e superintendência técnica. Essas nomeações têm sido vistas com desconfiança por parte dos engenheiros, que consideram isso uma afronta à profissão.
Poder da Influência
Um exemplo notável é a nomeação de um advogado como Chefe de Gabinete e uma pessoa sem formação técnica como Superintendente Técnica, supostamente devido a interferências do candidato a Conselheiro Federal, que é namorado da mesma. Essas nomeações suscitam perguntas sobre a real natureza do “Crea para Todos”, uma vez que incluem indivíduos de diversas áreas, como serviço social, religião, letras, advocacia, beleza, design, fotografia, administração, entre outras, com pouca representatividade de profissionais da Engenharia.
Repercussões e Consequências
Aqueles que apoiam o presidente Lucena argumentam que essas nomeações visam diversificar a gestão do CREA/PE e torná-la mais inclusiva, abrindo as portas a pessoas de diferentes formações. Contudo, os críticos defendem que essa diversificação está ocorrendo à custa da engenharia, agronomia e geociências, com potenciais impactos diretos na sociedade.
Análise dos Números
É fundamental destacar que, dos 36 cargos em questão, 26 deles, ou seja, 75%, são ocupados por pessoas sem conexão com a engenharia. Isso suscita dúvidas sobre a eficácia da gestão do CREA/PE em cumprir sua missão principal.
Racha Interno e Questionamentos
No contexto dessa controvérsia, aliados de Adriano Lucena vêm se afastando de sua gestão, à exceção de um núcleo de apoio firme. Esse racha no apoio ao presidente destaca a crescente preocupação com a administração do CREA/PE, alimentando o debate sobre o verdadeiro propósito do “Crea para Todos”.
Conclusão
Por fim, as nomeações de não-engenheiros para cargos técnicos no CREA/PE suscitam preocupações legítimas sobre o compromisso da instituição com a engenharia, a agronomia e as geociências. O favorecimento de indivíduos de fora dessas áreas está gerando inquietação e descontentamento entre os profissionais, levantando questões sobre o respeito à instituição e sua missão. O “Crea para Todos” está, de fato, cumprindo seu propósito original ou está se tornando um instrumento de favorecimento de amigos?