![\"\"](\"https:\/\/revistarecife.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/04\/Credito-do-fotografo-Alexandre-Salomao2-1-1024x552.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\nO vazio dos palcos, o sil\u00eancio e a necess\u00e1ria aus\u00eancia de p\u00fablico em tempos de morte-vida orquestrados por um desgoverno, quando o isolamento social ainda \u00e9 a principal arma da popula\u00e7\u00e3o em combate \u00e0 COVID-19, s\u00e3o realidades que t\u00eam movido o setor cultural na cria\u00e7\u00e3o de alternativas de sobreviv\u00eancia para fazer-se viva a conex\u00e3o entre obra art\u00edstica e plateia, agora virtual. \u00c9 a partir do pisar em campos desabitados, sentindo-se entre profundas lacunas e ainda sem dire\u00e7\u00e3o, que o corpo \u00e9 tomado por uma \u00e2nsia enorme de transforma\u00e7\u00e3o. Imersa nessas sensa\u00e7\u00f5es singulares e tamb\u00e9m coletivas impostas pela pandemia, Elis Costa, artista da Dan\u00e7a, do Teatro e do Audiovisual com 28 anos de trajet\u00f3ria nas artes, tamb\u00e9m pesquisadora dos Direitos Humanos, iniciou um estudo em formato de performance sobre a capacidade humana de transfigurar, transcender e cocriar novas possibilidades de mundos.<\/p>\n\n\n\n O desdobramento dessa inquieta\u00e7\u00e3o interna da artista resultou na videodan\u00e7a “Plantando o Voo”, que tem idealiza\u00e7\u00e3o, dire\u00e7\u00e3o, dan\u00e7a e produ\u00e7\u00e3o da pr\u00f3pria Elis Costa, e os saberes de Liana Gesteira, Alexandre Salom\u00e3o, Yanna Luz, Flepa, Thiago Liberdade, Z\u00e9 Diniz, Ailce Moreira e Jairzinho. A videodan\u00e7a ser\u00e1 lan\u00e7ada no Dia Internacional da Dan\u00e7a, pr\u00f3ximo 29 de abril (quinta-feira), \u00e0s 19h, no canal do Youtube da artista (o link ser\u00e1 disponibilizado na bio do Instagram @eliscosta). Logo ap\u00f3s a exibi\u00e7\u00e3o, \u00e0s 19h30, haver\u00e1 uma live pelo Zoom com a equipe de cria\u00e7\u00e3o, com ingressos gratuitos pelo Sympla, para troca de experi\u00eancias com o p\u00fablico sobre os processos que permearam o desenvolvimento da obra. O projeto tem incentivo da Lei Aldir Blanc atrav\u00e9s do edital de cria\u00e7\u00e3o, frui\u00e7\u00e3o e difus\u00e3o da LAB PE.<\/p>\n\n\n\n Elis Costa foi desenhando a dramaturgia dos movimentos do corpo que antecedem o voo a partir da sua participa\u00e7\u00e3o na performance de longa dura\u00e7\u00e3o chamada “COVID-A: um segundo de dan\u00e7a por cada vida interrompida”, a qual reuniu 30 artistas de cinco estados brasileiros nos primeiros meses da pandemia, em agosto de 2020, com transmiss\u00e3o via streaming. Nessa a\u00e7\u00e3o coletiva idealizada por Val\u00e9ria Vicente, a artista desenvolveu e apresentou o experimento in\u00e9dito “Estudando o voo”, atravessada por todos os sentimentos que eclodiram ao longo do isolamento social.<\/p>\n\n\n\n Aprofundando essa pesquisa iniciada no ano passado e investigando outras metodologias de composi\u00e7\u00e3o, Elis Costa reuniu uma equipe de profissionais da Dan\u00e7a e do Cinema para desenvolver uma performance pensada exclusivamente para a tela, onde todos os elementos do audiovisual se movem junto com a artista, seja o enquadramento, a ilumina\u00e7\u00e3o, a fotografia, o desenho sonoro, a profundidade de campo, a c\u00e2mera, a edi\u00e7\u00e3o, o figurino, a montagem, tudo est\u00e1 em cont\u00ednuo movimento. A videodan\u00e7a “Plantando o Voo” marca uma significativa transforma\u00e7\u00e3o na trajet\u00f3ria art\u00edstica de Elis, sendo o seu primeiro trabalho criativo autoral. Como a pr\u00f3pria artista descreve, a obra nasce de uma proposta historiogr\u00e1fica de si em tempos de cat\u00e1strofe e de reinven\u00e7\u00e3o da esperan\u00e7a afetiva e corporificada. De forma simult\u00e2nea e internalizada nos moveres, quatro posturas, ou quatro for\u00e7as, permeiam a videodan\u00e7a: sentir a queda, mover o que impede de arremeter, construir ou reconhecer habilidades para sustentar-se e permanecer em deslocamento.<\/p>\n\n\n\n “Havia uma ideia de elabora\u00e7\u00e3o do luto, que \u00e9 humano e necess\u00e1rio para a continuidade da vida. Para mim era muito forte a coisa do voo, as emo\u00e7\u00f5es, as met\u00e1foras que n\u00f3s como humanos atribu\u00edmos ao ato de voar, como uma realiza\u00e7\u00e3o do supostamente imposs\u00edvel. Quando falo em realiza\u00e7\u00e3o penso na capacidade de continuar viva, de n\u00e3o morrer v\u00edtima desse genoc\u00eddio. Penso nas florestas, nas \u00e1guas, nos territ\u00f3rios. A partir do meu olhar para tudo isso que estamos vivendo, eu comecei a investigar os meus movimentos, a mergulhar para dentro de mim mesma. Eu sabia que precisava sentir o processo, tirar da minha frente aquilo que me impedia de realizar. Foi a\u00ed que cheguei em quatro posturas que me capturavam naquele momento: sentir a queda, mover o que impede de arremeter, construir ou reconhecer habilidades para sustentar-se, e finalmente, permanecer em deslocamento. Ent\u00e3o eu entendo o voo como a capacidade da gente de transcender, de transformar. Porque tudo o que voa passa por v\u00e1rias fases anteriores; mesmo que j\u00e1 nas\u00e7a com asas tem um processo a ser feito. E quando eu falo de voo, eu n\u00e3o relaciono a nenhuma esp\u00e9cie animal, \u00e9 uma mistura de humano com esse fen\u00f4meno todo, com esse poder de transmuta\u00e7\u00e3o. Para mim o voo \u00e9 um del\u00edrio, um mergulho nessa imagina\u00e7\u00e3o como um caminho, uma ponte de cria\u00e7\u00e3o de mundos e de outras possibilidades”, explica a artista Elis Costa<\/strong><\/em>.<\/p>\n\n\n\n A artista complementa que a videodan\u00e7a “Plantando o Voo” ter\u00e1 outros desdobramentos \u2013 uma parte deles j\u00e1 poder\u00e1 ser assistida, em exibi\u00e7\u00e3o \u00fanica, tamb\u00e9m no dia 29 de abril (quinta-feira), durante a live do Zoom, \u00e0s 19h30, com ingressos gratuitos distribu\u00eddos pelo Sympla.<\/p>\n\n\n\n Sobre Elis Costa<\/strong> \u2013 \u00c9 artista da Dan\u00e7a, do Teatro, do Audiovisual, historiadora, pesquisadora, arte-educadora e produtora cultural. Licenciada em Hist\u00f3ria (UPE) e em Artes C\u00eanicas (UFPE), especialista em Dan\u00e7a pela Faculdade Angel Vianna e mestra em Direitos Humanos (UFPE). Como int\u00e9rprete-criadora viveu grande parte de sua carreira dentro de companhias de dan\u00e7a da cidade do Recife, tendo participado de v\u00e1rios espet\u00e1culos, coreografias, performances, filmes, interven\u00e7\u00f5es, v\u00eddeos, audiodan\u00e7as e videodan\u00e7as. Dan\u00e7ou e ministrou oficinas e cursos por Pernambuco e demais estados do territ\u00f3rio nacional, al\u00e9m de pa\u00edses como Portugal, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina. Desde 2012 integra a equipe do coletivo Acervo RecorDan\u00e7a, onde atua como pesquisadora, desenvolvendo projetos de salvaguarda da mem\u00f3ria da dan\u00e7a no estado, como exposi\u00e7\u00f5es, a\u00e7\u00f5es pedag\u00f3gicas e educativas, publica\u00e7\u00f5es, document\u00e1rios, grupos de estudos e podcasts. Desenvolveu o projeto “O mais que humano em n\u00f3s”, nascido e executado em tempo de isolamento social pelas m\u00eddias sociais, onde transversaliza temas da dan\u00e7a e dos direitos humanos em uma s\u00e9rie de lives com convidades. \u00c9 produtora cultural e como tal tem atuado em institui\u00e7\u00f5es, mostras, festivais, projetos e eventos. Com 28 anos de percurso nas artes, somente em 2020 inicia a um trabalho criativo autoral, durante a pandemia do COVID-19 no Brasil. <\/p>\n\n\n\n Idealiza\u00e7\u00e3o, dire\u00e7\u00e3o, dan\u00e7a e produ\u00e7\u00e3o: Elis Costa<\/p>\n\n\n\n Dramaturgia: Liana Gesteira<\/p>\n\n\n\n Dire\u00e7\u00e3o de fotografia, montagem, desenho de som e trilha sonora: Alexandre Salom\u00e3o<\/p>\n\n\n\n Dire\u00e7\u00e3o de arte e figurino: Yanna Luz<\/p>\n\n\n\n Maquiagem: Flepa<\/p>\n\n\n\n Design gr\u00e1fico: Thiago Liberdade<\/p>\n\n\n\n Efeitos visuais e making off: Z\u00e9 Diniz<\/p>\n\n\n\n Coordena\u00e7\u00e3o de p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o: Alexandre Salom\u00e3o e Z\u00e9 Diniz<\/p>\n\n\n\n Assist\u00eancia de produ\u00e7\u00e3o: Ailce Moreira e Jairzinho<\/p>\n\n\n\n Assist\u00eancia de fotografia e som direto: Z\u00e9 Diniz<\/p>\n\n\n\n Assist\u00eancia de arte e figurino: Flepa<\/p>\n\n\n\n Assist\u00eancia de maquiagem: Yanna Luz<\/p>\n\n\n\n Audiodescri\u00e7\u00e3o: VouSer Acessibilidade<\/p>\n\n\n\n Roteiro de audiodescri\u00e7\u00e3o: Andreza N\u00f3brega<\/p>\n\n\n\n Locu\u00e7\u00e3o de audiodescri\u00e7\u00e3o: Elis Costa<\/p>\n\n\n\n Consultoria de audiodescri\u00e7\u00e3o: Milton Carvalho<\/p>\n\n\n\n Contabilidade: Paulo Ferreira<\/p>\n\n\n\n Costura: F\u00e1tima Magalh\u00e3es<\/p>\n\n\n\n Transporte: Jo\u00e3o Francisco (Seu Jo\u00e3o)<\/p>\n\n\n\n Alimenta\u00e7\u00e3o: Habitat Cozinha<\/p>\n\n\n\n Assessoria de imprensa: Alcateia Comunica\u00e7\u00e3o e Cultura (Andr\u00e9a Almeida)<\/p>\n\n\n\n Lan\u00e7amento da videodan\u00e7a “Plantando o Voo” da artista Elis Costa<\/strong><\/p>\n\n\n\n Data: 29 de abril (quinta-feira), Dia Internacional da Dan\u00e7a<\/p>\n\n\n\n Hor\u00e1rio: 19h<\/p>\n\n\n\n Exibi\u00e7\u00e3o via plataforma digital:\u00a0https:\/\/www.youtube.com\/channel\/UCNzVpspgracY_HRE6bFItJg<\/a>\u00a0(o link ser\u00e1 disponibilizado na bio do Instagram @eliscosta<\/a>)<\/p>\n\n\n\n Acesso: gratuito<\/p>\n\n\n\n Dura\u00e7\u00e3o: 7 minutos<\/p>\n\n\n\n Classifica\u00e7\u00e3o indicativa: livre<\/p>\n\n\n\n Data: 29 de abril (quinta-feira), Dia Internacional da Dan\u00e7a<\/p>\n\n\n\n Hor\u00e1rio: 19h30<\/p>\n\n\n\n Exibi\u00e7\u00e3o via plataforma digital: Zoom<\/p>\n\n\n\n![\"\"](\"https:\/\/revistarecife.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/04\/Credito-do-fotografo-Alexandre-Salomao3-1024x572.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\n![\"\"](\"https:\/\/revistarecife.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/04\/Credito-do-fotografo-Alexandre-Salomao6-1024x571.jpg\")
<\/figure>\n\n\n\nFICHA T\u00c9CNICA<\/u><\/strong> – VIDEODAN\u00c7A PLANTANDO O VOO<\/strong><\/h4>\n\n\n\n
SERVI\u00c7O<\/u><\/strong><\/h4>\n\n\n\n
Conversa com a equipe de cria\u00e7\u00e3o da videodan\u00e7a “Plantando o Voo” + exibi\u00e7\u00e3o \u00fanica de parte de seus desdobramentos<\/strong><\/h4>\n\n\n\n