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Pop dançante, empoderamento e acessibilidade cultural compõem “Acesso”, disco de estreia de Amanda Mittz

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Patrocinado por Natura Musical, álbum está disponível nas plataformas de streaming e conta com diversas participações especiais

Acaba de ser lançado ACESSO, disco de estreia da cantora e compositora Amanda Mittz. Patrocinado por Natura Musical, o álbum traz a música pop, com influência new wave e temática da descoberta de ser quem é, e se empoderar disso. Produtora musical e também pesquisadora de acessibilidade cultural, Amanda é PCD (abreviatura para Pessoa com Deficiência). ACESSO propõe uma experiência sensorial e que pessoas que não tenham deficiência, também compreendam que você pode vivenciar a música profundamente, mesmo sem algum dos sentidos. 

Gravado durante a pandemia, em clima de isolamento social, no estúdio que fica dentro do Parque da Pedra Branca (Rio de Janeiro), o disco traz o “Pop Acessível” de Amanda vai além da acessibilidade convencional e protocolar, trazendo a acessibilidade também como vivência artística e imersiva. Com um processo de composição bem íntimo, baseado em suas experiências como PCD, o álbum tem a maioria de suas músicas partindo do lugar da necessidade de se ver e sentir o outro através de suas limitações. “Durante a produção do álbum eu passei um período com depressão, mas, ao mesmo tempo, tinha um desejo muito forte de me recuperar, de sair dessa situação. Esse sentimento pode ser claramente “visto” em todas as músicas”, comenta Amanda

Acesso traz um pop dançante, algumas vezes reflexivo e com um toque de anos 80. O álbum é recheado de colaborações, como Gabriel Iglesias e VEIGA, que assinam as faixas Igual a Mim, Impasse, Pensou que Fosse fácil, Quanto me Vale e Sei. Já as músicas Se Você Quiser e Livre são assinadas pelo trio Pássaro Hippie, composto por Aurelio Kauffmann, André Valle e Felipe Cambraia, vencedores do Grammy Latino e que trabalham com artistas como Milton Nascimento, Nando Reis e Fernanda Abreu. Por fim, a ousada “Sobreviver” foi uma parceria entre Amanda e o produtor paulistano Ivan Batucada.

O primeiro single lançado em 2020, “Igual a Mim”, é uma obra conceitual que abre as portas de Acesso com um clipe com muita representatividade. Teve a participação de dois dançarinos surdos, Catharine Moreira e Maycon Calasan que fizeram uma performance emocionante dando todo o sentido ao refrão “Eu te vejo igual a mim”.

O álbum conta a trajetória da cantora e sua busca por autoconhecimento. As canções “Impasse” e “Pensou que Fosse Fácil”, também lançadas em 2020, como singles, só reafirmam os caminhos que Amanda encontra para entender suas questões emocionais e as transmutar em arte pop contemporânea.

Há também a participação do cantor Romero Ferro na faixa “Se você quiser”, uma mistura de Recife com Santos, que nos leva ao auge das pistas dançantes dos anos 80.

Amanda chega na cena com uma nova proposta de “Pop acessível”, Assina como produtora geral e nos traz um trabalho consistente, onde a acessibilidade sai do lugar de recurso e é usada como arte junto da música pop. Ocupa um lugar que por tantos anos foi invisibilizado, declara através de Acesso que pessoas com deficiência são potências de realização e que só com equidade teremos um mundo mais igualitário.

 “Eu tenho a esperança de que a consciência sobre acessibilidade está se difundindo entre as pessoas. De que quanto mais incluímos diversidade na nossa vida, mais valor é agregado a ela. Mas acredito também que as empresas e poder público exercem um papel fundamental, de promover ações e políticas públicas para incentivar essas iniciativas. Conta muito o desejo e o empenho dos artistas de produzirem seus conteúdos com acessibilidade, afinal de contas estamos falando de um quarto da população brasileira, mas só isso não basta. A lei brasileira de inclusão existe e se faz necessária uma fiscalização para que ela seja cumprida. Existem dados com números crescentes expressivos de marcas que passaram a incluir a diversidade como uma de suas pautas. Inclusão é bom pra todo mundo”, finaliza Amanda.

O projeto Acesso, de Amanda Mittz, foi selecionado pelo programa Natura Musical, através do Edital 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo de 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares.

“Natura Musical sempre acreditou na força da música para mobilizar as pessoas. Para refletir esse propósito e dar espaço à diferentes vozes, a plataforma apoia artistas, bandas e projetos de fomento à cena capazes de amplificar debates como a diversidade, a sustentabilidade e o impacto positivo na sociedade”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.


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